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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Dia do Rádio








25 de setembro

O ator Ewan McGregor trabalhou em um filme - "O principal suspeito" -, no qual interpreta um rapaz que vai trabalhar como vigia noturno de um necrotério.

Em uma determinada cena, o antigo funcionário começa a lhe falar do serviço e, então, dá ao rapaz um conselho, em tom sério: "Filho, traga sempre um rádio".

O jovem dá de ombros e diz que irá aproveitar o tempo acordado durante a madrugada para estudar.

O velho olha firme em seus olhos e repete enfático a sugestão: "Traga um rádio".

Passada esta cena, o rapaz já aparece na cabine de vigilância estudando e demonstrando reações mínimas de medo diante da escuridão e do silêncio do lugar.

Parado, olhando para o nada, de repente ele se toca e rapidamente liga um rádio. Segundos depois, a expressão de medo vai mudando, ele começa a sorrir e volta a ler seu livro tranqüilamente.

A situação em si não tem a menor importância na história nem no desenrolar do filme, mas mostra com muita propriedade a característica principal do rádio, que é a de fazer companhia, estar bem próximo, como um amigo, um anjo da guarda a nos acalmar das tensões e receios infantis. Dos veículos de comunicação que conhecemos, o rádio é hoje o mais íntimo e o que proporciona sensação maior de proximidade.

Quem inventou?

A história assinala o italiano Guglielmo Marconi como o inventor do rádio. E pela questão da data de registro da patente é mesmo justo que assim o seja. É fato.

Mas a história também cogita que um padre brasileiro, Roberto Landell de Moura, teria sido o primeiro a transmitir a voz humana sem auxílio de fios. A patente para o seu invento, no entanto, só foi conseguida depois que Marconi já havia patenteado sua invenção.

Mas vamos por partes, para entender melhor: em 1896, Marconi obtém do governo da Itália a primeira patente para o seu "Telégrafo sem fio" e neste mesmo ano viaja para a Inglaterra, onde faz uma demonstração do aparelho: é bem sucedido ao efetuar uma transmissão do terraço do English Telegraphy Office para a colina de Salisbury. Comprova, assim, a viabilidade do sistema.

Em 1894, Padre Landell havia desenvolvido aparelho semelhante e efetuado a emissão e recepção de sinais a uma distância de oito quilômetros, do Bairro de Santana para os altos da Av. Paulista, em São Paulo. Um imprevisto histórico, no entanto, atrasa o reconhecimento das autoridades às suas investigações científicas. Fanáticos religiosos, que atribuíam ao padre conluios com o demônio, destroem os equipamentos e as anotações do cientista.

Por conta disso, só em 1900 (portanto, depois de Marconi) é que Landell concretiza uma demonstração pública de seu invento. De qualquer forma, ambos, Marconi e Landell, contribuíram positivamente para o avanço tecnológico no mundo.

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